quinta-feira, 10 de julho de 2008

Nostalgias...

Chegamos a um patamar em que temos o que reclamámos desde os 16 anos. Carta, carro, casa, relações mais ou menos conseguidas, noitadas quanto baste, álcool e drogas que a vontade maior ou menor nos leva a consumir, a liberdade que tanto desejámos de andar por aí sem prestar contas a ninguém, um conhecimento que julgamos maior e crescente. Podemos optar, optamos.
A consciência manipulada leva-nos a cair em maiores ou menores prazeres, em momentos mais ou menos ponderados. Construimos pedra a pedra o que queremos que seja a nossa vida, para concretizarmos uma ideia que nos continua romanticamente a fascinar : Eu sou... o que sempre quis ou o que não quis e sou é ainda melhor!
Queremos reconhecimento, sucesso profissional e pessoal, viver muito e bem... paz. Alguns começam a pensar em perpetuar a sua presença, em partilhas extremas e generosas, em deixarem de ser o centro da sua própria vida para se centrarem em outras vidas que chegam à sua. Outros pensam nisso arduamente e sentem ser o seu destino.
Olhamos para essa ideia que tínhamos de nós próprios, olhamos para aquilo que achávamos convictamente ter quando chegássemos aos 30 anos da alta segurança dos nossos 16 anos, e tudo é diferente... Mas não faz mal!
Continuamos a caminhar em busca dessa ideia , em busca dos objectivos que delineámos e que obviamente vamos atingir! Se não hoje, amanhã.

Como a nostalgia se apodera daqueles que atingem a década dos 30, aqui fica um link, que muito gozo me deu explorar.
Mistério Juvenil

6 comentários:

Manú disse...

ao ler as tuas palavras lembrei de uma frase que a tartaruga no filme de animação Kung Fu Panda diz:

-"são reflexos do passado e do futuro, e muitos de nós, principalmente os adultos, “esquecemos de viver o hoje. Por isso ele é chamado de ‘Presente’”. Então ao invés de ficar preso ao que consegue ou não consegue fazer, apenas acredite e viva o momento que está agora".

clube tsé disse...

OLá manú, gosto que comentes.
Mas as minhas palavras, nostalgias e prospeções não invalidam a vida presente.
Para mim, pelo menos, o pensar o passado ajuda-me a corrigir o presente, o pensar o futuro ajuda a que o presente seja mais colorido. Mais que tudo, importante é o pensar, é o acreditar que as ideias que temos para nós são possiveis, se não agora brevemente.
bjs

Manú disse...

concordo com as tuas palavras...
e já tivemos várias conversas em relação a este tema...
para mim viver é mesmo isto....é pensar, é planear...é sentir...
mas ao ler o teu texto pensei mesmo na tartaruga...
talvés eu nunca tivesse pensado no "presente", como sendo uma "prenda"...

Manú disse...

a questão do "pensar" no passado e futuro, as vezes faz com que eu não consiga viver verdadeiramente o meu presente...
mas sim, é claro que ao pensar no passado, é mais fácil corrigir o presente...
"vivendo e aprendendo"...

Meres disse...

bem! bem!
tudo aquilo que julgávamos ser, somos e não somos e esse ideal de segurança e felicidade continuamos à procura, e nós a julgar que era de certeza aos 30 que tudo iria acontecer! Mas a verdade é que somos e considero o meu grupo de amigos uns "parvos", uns sonhadores, uns criativos, uns com medo, outros com menos, e estamos a lutar por esse ideal, a procura!! beijos e és linda!

clube tsé disse...

Obrigada Meres pelas tuas palavras.
E sim, continuamos à procura e provavelmente é essa procura que dá sentido a tudo isto. É nessa procura que acontece o mau e também o bom, o esperado e o inesperado. E quando o bom se junta ao inesperado é uma prenda muito saborosa de se receber.
bjs e abraços fortes